Autoaceitação e descobertas

Por Dr. Éverson de Brito Damasceno –

Vienna” é uma canção do cantor e compositor americano Billy Joel, que foi lançada em seu álbum The Stranger em 1977. Essa música, em sua essência, nos realoca em um lugar de descanso e reflexão, ao mesmo tempo em que expõe a pressa e inquietação da juventude. A seguir, vamos explorar alguns de seus elementos temáticos que se tornam mais evidentes:

  1. Autoaceitação e autoindulgência: A letra da música aborda a ideia de que é importante aceitar quem você é e não se deixar levar pelas pressões externas para alcançar metas ou um sucesso socialmente presumido. Joel canta sobre a necessidade de desacelerar e apreciar o presente, em vez de constantemente se esforçar por mais. Isso sugere uma luta interna entre o desejo de atingir objetivos externos e a necessidade de encontrar contentamento consigo mesmo.
  2. Pressões sociais e expectativas: A música menciona a ideia de que a vida não deve ser corrida, e sim vivida no próprio ritmo. Isso pode ser interpretado como uma crítica à sociedade moderna, que muitas vezes valoriza o sucesso material e a realização rápida em detrimento do bem-estar emocional e do autodescobrimento.
  3. Busca pelo significado da vida: Há uma linha na música que diz “When will you realize, Vienna waits for you?” (“Quando você vai perceber, Viena espera por você?”). Isso pode ser interpretado como uma metáfora para a busca pelo propósito e pelo significado na vida. Viena pode representar um lugar de descanso e reflexão, onde se pode encontrar paz e significado interior. A mensagem é que, ao invés de se preocupar excessivamente com o futuro ou com o que ainda não foi alcançado, é importante aproveitar o momento presente e encontrar beleza na jornada da vida.
  4. Aceitar as imperfeições: A canção também toca na ideia de que é perfeitamente aceitável não ter todas as respostas ou não ter alcançado todos os objetivos até determinado ponto na vida. Isso está implícito na frase “Slow down, you crazy child” (“Desacelere, você criança louca”), sugerindo que está tudo bem em não ter tudo planejado ou resolvido imediatamente.

Sobre o autor: Médico Psiquiatra pela Universidade Federal da Paraíba (HULW/UFPB)

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