Uma pesquisa recente realizada pela ImpulsoGov destaca a necessidade urgente do Sistema Único de Saúde (SUS) priorizar doenças infecciosas e questões de saúde mental. O estudo, que envolveu feedback de mais de 3.000 profissionais de saúde em todo o Brasil, revelou que 51,5% dos entrevistados acreditam que doenças como tuberculose, hanseníase e hepatites virais devem ser o foco das iniciativas de saúde. Além disso, a saúde mental, incluindo problemas relacionados ao abuso de substâncias, foi priorizada por 49,4% dos participantes.
A pesquisa também indicou uma preocupação significativa com a saúde de populações vulneráveis, com 50,2% dos profissionais enfatizando a necessidade de mais recursos direcionados a esses grupos. Outras áreas críticas identificadas para melhoria incluem saúde materna, doenças crônicas e atendimento infantil. As informações coletadas devem influenciar o futuro financiamento e as métricas de desempenho dentro do sistema de saúde primária, especialmente após a transição do modelo de financiamento anterior, conhecido como Previne Brasil.
Uma descoberta interessante do estudo é a ênfase crescente nas questões de saúde mental pelos trabalhadores de saúde comunitária, que classificaram essa área logo abaixo das condições crônicas, como hipertensão e diabetes. Isso reflete um reconhecimento crescente da importância da saúde mental no panorama geral da saúde, especialmente em comunidades onde os profissionais de saúde têm interações diretas com os residentes.
Por outro lado, áreas como saúde masculina e saúde para pessoas com deficiência receberam significativamente menos atenção, com apenas 14,4% e 15% de priorização, respectivamente. Essa discrepância levanta preocupações entre especialistas em saúde sobre a adequação das políticas de saúde atuais para abordar todos os aspectos essenciais da saúde pública.
No geral, os achados ressaltam uma necessidade crítica para que o SUS reoriente suas prioridades para responder melhor aos desafios de saúde emergentes e invista mais nas áreas destacadas pelos profissionais de saúde, garantindo que o sistema de saúde evolua para atender às necessidades da população.