As doenças mentais representam um dos principais desafios enfrentados pelos setores de saúde, cerca de 14% dos adolescentes sofrem de algum transtorno, sendo a depressão e a ansiedade os mais comuns. Um estudo recente indicou que 30% dos adolescentes brasileiros apresentam sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, fatores de risco modificáveis, como a atividade física e o tempo de comportamento sedentário, podem aumentar as taxas de transtornos mentais entre os jovens.
O comportamento sedentário é definido por atividades realizadas em posições sentadas ou deitadas, exigindo um gasto energético abaixo de 1,5 MET. A preocupação com o tempo de tela, como o uso de smartphones e computadores, tem aumentado, já que o Brasil é um dos países com maior tempo de exposição a telas entre jovens, ultrapassando as duas horas diárias recomendadas.
Estudos mostram que o tempo excessivo de tela está associado a sintomas de hiperatividade, problemas de internalização, depressão, ansiedade e menor bem-estar psicológico. A pesquisa atual revelou que adolescentes que passam mais de quatro horas por dia em frente a telas apresentam mais sintomas de transtornos mentais em comparação àqueles que ficam menos de duas horas.
O estudo destacou um padrão de dose-resposta entre o tempo de tela e os sintomas de transtornos mentais, especialmente em adolescentes que passam quatro horas ou mais em frente a telas. Essa descoberta é alarmante, pois mais de 70% dos adolescentes brasileiros excedem as recomendações de tempo de tela. Embora os benefícios da atividade física para a saúde mental sejam reconhecidos, a literatura sugere que eles não compensam os efeitos negativos do tempo excessivo de tela. O estudo ressalta a importância de políticas de prevenção voltadas para a redução do tempo de tela entre os jovens.
Fonte: https://www.scielo.br/j/rpp/a/r58fB4r9jkdrnBVYPZn3m9c/?lang=en
